quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Caracterização do grupo de crianças


Os gráficos que se seguem foram ilustrados e organizados por nós através dos dados recolhidos (ver tabela-resumo), tendo em conta a observação realizada na sala de actividades, a consulta das fichas individuais das crianças e o pedido escrito que fizemos às famílias, visando a obtenção de informações relevantes para o diagnóstico de situação do grupo.


Gráfico 1 - Géneros das 22 crianças em percentagens


Na sala existem 22 crianças. 12 Crianças são do sexo feminino (55 % do total) e 10 crianças são do sexo masculino (45 % do total). Como se observa (Gráfico 1), há uma presença homogénea de ambos os sexos.


Gráfico 2 - Áreas de residência das crianças por freguesias


Das 22 crianças, 18 têm como área de residência a mesma zona do Colégio: Santo António. Das outras quatro crianças, uma é de Santa Maria Maior, outra é de São Roque, outra de São Martinho e outra do Caniço. Através do gráfico 2, note-se que 21 crianças habitam no Concelho do Funchal e apenas uma habita noutro Concelho, neste caso, no Concelho de Santa Cruz.


Gráfico 3 - As categorias do ISPF das crianças


De acordo com a matriz de determinação de lugares de classe da autoria de Firmino da Costa (1999) e tendo em conta o ISPF (Indicador Socioprofissional Familiar) das crianças (Gráfico 3), neste grupo predomina a categoria social PTE (Profissionais técnicos e de enquadramento), tida como uma das melhores posicionadas, representada por 8 das 22 crianças. Logo de seguida, a categoria AEpl (Assalariados executantes pluriactivos), com 6 das 22 crianças e considerada menos provida de recursos profissionais e escolares. A categoria EDL (Empresários dirigentes e profissionais liberais) está representada por 3 crianças e é também considerada uma categoria bem posicionada. Com o mesmo número de crianças, surge a categoria O (Operário) que, tal como a categoria AEpl, representa uma categoria menos dotada de recursos profissionais e escolares. Por fim, e com menos representatividade (apenas 1 criança), surge a categoria EE (Empregados executantes) que corresponde a uma categoria, socialmente, intermédia.


Notas: O ISPF de uma criança não nos foi possível determinar porque ambos os pais se encontram em situação de desemprego. Importa salientar ainda que existem duas mães domésticas e uma desempregada, prevalecendo assim, para a atribuição do ISPF, o ISP do pai.


Gráfico 4 - O ISEF das crianças


Neste grupo de crianças e de acordo com o gráfico 4, o ISEF (Indicador Socioeducativo Familiar) que prevalece é o 12º ano, representado por 9 crianças. De seguida, a licenciatura (7 crianças) e o 6º ano e o 9º ano de escolaridade, ambos representados por 3 crianças.


Referência


Costa, A. (1999). Classes sociais e trajectórias de mobilidade num bairro popular. Oeiras: Editora Celta